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O que muda no ensino de matemática após novo decreto do MEC?

O que muda no ensino de matemática após novo decreto do MEC. Fonte G1 Educação

O que muda no ensino de matemática após novo decreto do MEC. Fonte G1 Educação

Compromisso Nacional Toda Matemática quer garantir que as redes que aderirem à iniciativa tenham o mesmo nível de preparação e capacidade para impulsionar o aprendizado da matemática.

Por Redação g1
02/10/2025 14h12  
Atualizado há 3 dias

O decreto que institui o Compromisso Nacional Toda Matemática foi publicado nesta quinta-feira (2) no Diário Oficial da União (DOU). O objetivo da nova política é fortalecer o ensino da matemática na educação básica por meio da oferta de apoio técnico e financeiro às redes de ensino que aderirem à iniciativa.

Em resumo, a política deve proporcionar uma abordagem articulada para uma melhor formação dos professores, apoio com materiais específicos para o ensino de matemática, avaliação e definição de metas de aprendizado, reconhecimento de boas práticas de ensino, entre outros pontos.

A ideia é garantir que todas as redes que aderirem ao compromisso tenham o mesmo nível de preparação e capacidade para impulsionar o aprendizado da matemática por parte do aluno.

“Estamos lançando o ‘Compromisso Toda Matemática’ para apoiar a formação de professores e apoiar tecnicamente e financeiramente as redes de educação básica para melhorar a aprendizagem da matemática”, afirmou o ministro da Educação, Camilo Santana, na Cerimônia Nacional de Premiação da 19ª Obmep que ocorreu na segunda-feira (30).

Aluno faz atividade de matemática. Imagem ilustrativa. — Foto: Reprodução/Pexels

De acordo com o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) de 2022, 73% dos estudantes brasileiros apresentaram um desempenho insuficiente em matemática. Isso significa que, na época, 7 a cada 10 alunos brasileiros de 15 anos não sabiam resolver problemas matemáticos simples.

Isso colocou o Brasil abaixo da média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), e é este quadro que o Compromisso Nacional Toda Matemática quer reverter.

A política está estruturada em cinco eixos:

A adesão ao Compromisso será voluntária, ou seja, cada rede de ensino deverá sinalizar seu interesse me fazer parte da iniciativa e receber o apoio do MEC para a implementação. Caberá ao MEC coordenar a formulação, implementação e monitoramento das políticas. O cronograma de adesão ainda não foi divulgado.

Critérios de prioridade serão adorados para determinar a ordem de atendimento das redes pelo programa. Será considerado:

  1. a proporção de estudantes do ensino fundamental e ensino médio com aprendizagem em matemática abaixo do adequado;
  2. as características socioeconômicas, étnico-raciais e de gênero; e
  3. a presença de estudantes que compõem o público-alvo da educação especial e da educação bilíngue de surdos.

De acordo com o MEC, o programa terá um orçamento previsto de aproximadamente R$ 70 milhões, ainda em 2025. Essa verba deve ser voltada à formação de professores e gestores escolares, à disponibilização de materiais didáticos suplementares e a outros recursos pedagógicos.

Parte desse valor (R$ 20 milhões) será enviada direto às escolas pelo Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) Toda Matemática. A decisão sobre quais escolas receberão mais apoio vai levar em conta o desempenho dos alunos nas avaliações do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).

“Os demais R$ 50 milhões deverão vir dos PDDEs Escola das Adolescências e Recomposição das Aprendizagens, destinados à melhoria da aprendizagem por meio da implementação de clubes de letramento nas escolas para os anos finais do ensino fundamental”, explicou a pasta.

Extraído integralmente de G1

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