Pesquisas apontam que crianças que lidam com as próprias emoções, desenvolvem empatia e aprendem a resolver conflitos de maneira saudável
Em um mundo cada vez mais complexo e desafiador, o que define o sucesso de um indivíduo não é apenas sua capacidade técnica ou o domínio de conteúdos tradicionais como matemática e ciências.
As chamadas habilidades socioemocionais, como empatia e resiliência, tornaram-se tão ou mais essenciais para a vida em sociedade e para o desenvolvimento pessoal e profissional.
Por isso, muitos educadores, escolas e especialistas defendem que ensinar essas competências é tão importante quanto ensinar matemática — e essa visão está transformando como pensamos a educação do século XXI.
O que são empatia e resiliência?
Empatia é a habilidade de compreender e se colocar no lugar do outro, reconhecendo suas emoções, necessidades e perspectivas. Já a resiliência é a capacidade de lidar com adversidades, superar obstáculos e se adaptar a mudanças sem se deixar abater de forma permanente.
Ambas são competências fundamentais para a convivência em sociedade, para o bem-estar mental e emocional e para o enfrentamento dos desafios inevitáveis da vida.
Por que desenvolvê-las nas escolas?
Historicamente, a escola priorizou conteúdos cognitivos, como leitura, escrita e cálculo, e as habilidades socioemocionais eram deixadas para a família ou para experiências informais.
No entanto, as novas demandas sociais, os altos índices de ansiedade e depressão entre crianças e adolescentes, o aumento do bullying e a necessidade de formar cidadãos conscientes mudaram essa lógica.
Pesquisas apontam que crianças que aprendem a lidar com as próprias emoções, que desenvolvem empatia e aprendem a resolver conflitos de maneira saudável têm melhor desempenho acadêmico, apresentam menos problemas comportamentais e constroem relações mais saudáveis.
Afinal, ninguém aprende bem em um ambiente onde não se sente seguro ou compreendido.
Ensinar empatia e resiliência também contribui para a construção de uma cultura escolar mais inclusiva, colaborativa e respeitosa.
Quando os alunos se sentem acolhidos e aprendem a lidar com suas frustrações, eles desenvolvem autoconfiança para tentar de novo, para persistir diante das dificuldades e para buscar ajuda quando necessário.
Impactos na vida futura
No mercado de trabalho, por exemplo, a capacidade de trabalhar em equipe, de compreender as necessidades de clientes e colegas, de se adaptar a mudanças constantes e de lidar com pressões são qualidades muito valorizadas — e estão diretamente ligadas à empatia e à resiliência.
Além disso, essas habilidades ajudam a prevenir problemas emocionais graves na vida adulta, como burnout e crises de ansiedade.
O Fórum Econômico Mundial, em seu relatório sobre o futuro do trabalho, já destaca que habilidades socioemocionais serão cada vez mais requisitadas e que a escola precisa preparar os jovens para um mundo onde inteligência emocional é tão importante quanto o raciocínio lógico.
Como desenvolver essas competências?
Ensinar empatia e resiliência não significa abandonar os conteúdos tradicionais, mas integrá-los a práticas pedagógicas que considerem o desenvolvimento integral do aluno.
Projetos de aprendizagem cooperativa, rodas de conversa, práticas de mediação de conflitos, dinâmicas de autoconhecimento e programas de educação emocional são alguns exemplos de estratégias que podem ser adotadas.
Além disso, é fundamental que os educadores também recebam formação para trabalhar essas habilidades em sala de aula, criando ambientes seguros, acolhedores e inspiradores.
Uma matemática para a vida
Em síntese, ensinar empatia e resiliência é preparar os alunos para a vida, para as relações interpessoais e para os desafios que não se resolvem apenas com fórmulas e cálculos.
Assim como a matemática ensina a lógica, essas competências ensinam a lidar com a emoção. E, no fim, é a combinação entre razão e emoção que forma cidadãos plenos, capazes de transformar o mundo em um lugar melhor.
Na educação contemporânea, portanto, não há mais espaço para a dicotomia entre “conteúdo” e “sentimento”: ambos são indispensáveis para formar indivíduos completos e preparados para um futuro incerto — mas cheio de possibilidades para quem sabe persistir e se conectar com o outro.
Educar a mente sem educar o coração é incompleto. E ensinar empatia e resiliência pode ser a lição mais importante que a escola pode oferecer.
Com 43 anos, Rafael Gmeiner é jornalista especialista em Produção de Conteúdo, especializado em Franquias, CEO da Agência VitalCom, do site Mundo das Franquias e do site Educação & Tendências. Atua há mais de 23 anos, com Jornalismo e Comunicação, tendo passagens por jornais impressos, televisão, rádio e sites. Também, é especialista em Assessoria de Imprensa, segmento em que já atua há quase duas décadas. Além disso, é produtor de conteúdo, em especial para o ambiente online, que requer técnicas de SEO, otimização de textos para melhor posicionamento nos buscadores. Há mais de 10 anos é especializado no setor de Franquias, no qual mantém o seu site de notícias. Além disso, é sócio de uma franqueadora. Entre os seus parceiros e clientes atuais estão a reconhecida jornalista Analice Nicolau; Mônica Lobenschuss, especialista em Growth Hacking, Estratégias de Negócios e Mídias digitais; e a rede de franquia Face Doctor. Rafael também já prestou serviços para o governo da Argentina, com ações específicas no Brasil.

