A revolução digital transformou como aprendemos, ensinamos e nos relacionamos com o conhecimento, porém, não alcança todos da mesma forma
A inclusão digital — ou a falta dela — nas periferias urbanas e nas zonas rurais tem um impacto profundo no aprendizado de milhões de estudantes brasileiros. Garantir acesso à tecnologia e ao universo online deixou de ser um luxo: tornou-se uma necessidade para a Educação do século XXI.
Dados do IBGE mostram que, embora a cobertura da internet tenha avançado no Brasil, ainda há desigualdades gritantes. Nas áreas urbanas, o índice de domicílios com acesso à rede supera os 90%, mas, nas regiões rurais, ele mal ultrapassa os 60%.
Mesmo onde há conexão, a qualidade do serviço e a disponibilidade de equipamentos adequados são desafios recorrentes.
A chamada lacuna digital não é apenas uma questão técnica, mas social, pois reproduz e aprofunda desigualdades históricas.
No contexto das periferias urbanas, o impacto da inclusão digital é visível.
Projetos sociais são muito positivos
Programas municipais e iniciativas de ONGs que levaram computadores e conexões para escolas e centros comunitários das comunidades já mostraram resultados positivos. Aumenta o interesse dos alunos, melhora a interação com conteúdos mais dinâmicos e até reduz a evasão escolar.
Jovens que antes se sentiam excluídos das conversas sobre tecnologia passam a desenvolver habilidades digitais, fundamentais para o mercado de trabalho contemporâneo.
Além disso, a internet facilita o acesso a plataformas educacionais gratuitas, videoaulas, bibliotecas virtuais e até mesmo cursos profissionalizantes online.
Ainda há falta de acesso em zonas rurais
Nas zonas rurais, a situação é ainda mais delicada. Muitas escolas ainda dependem de quadros-negros e livros impressos, e as famílias raramente possuem computadores em casa.
A pandemia de Covid-19 escancarou essa desigualdade: milhões de crianças ficaram meses sem acesso a qualquer forma de aprendizado remoto por falta de internet ou dispositivos adequados.
No entanto, projetos de inclusão digital nessas regiões vêm mostrando como a tecnologia pode ser uma ponte para o mundo.
Envolvimento de empresa e do Governo é essencial
Em algumas cidades do Nordeste, por exemplo, parcerias entre governos e operadoras instalaram antenas 4G em comunidades agrícolas, permitindo que alunos assistissem às aulas pelo celular.
Os benefícios da inclusão digital vão além do conteúdo escolar. Ela também promove a cidadania, permitindo que famílias acessem serviços públicos, obtenham informações sobre saúde, direitos e políticas sociais.
Para os estudantes, possibilita um senso maior de pertencimento ao mundo contemporâneo e abre portas para novas oportunidades.
No entanto, a inclusão digital só será plena se for acompanhada por políticas públicas consistentes.
Profissionais qualificado são parte deste processo
Não basta entregar equipamentos ou liberar conexão: é preciso capacitar professores, oferecer manutenção às infraestruturas tecnológicas, adaptar currículos para incluir competências digitais e criar programas de conscientização para uso seguro e crítico da internet.
Sem esses cuidados, o risco é transformar a inclusão apenas em um número de estatística, sem efeito real na qualidade do aprendizado.
Além disso, é fundamental entender que a inclusão digital também precisa ser cultural. Em muitas comunidades, há desconfiança em relação às novas tecnologias, especialmente entre os mais velhos, que precisam ser envolvidos no processo educativo.
Oficinas comunitárias, programas de voluntariado e projetos intergeracionais — onde jovens ajudam a ensinar adultos — podem tornar a transformação mais ampla e sustentável.
Em um país tão diverso como o Brasil, a inclusão digital nas periferias e zonas rurais é mais do que um direito: é um caminho essencial para reduzir desigualdades, democratizar o acesso ao conhecimento e preparar as novas gerações para um futuro cada vez mais tecnológico.
Ignorar essa demanda significa perpetuar ciclos de exclusão que já duram séculos.
Por isso, é urgente que governos, empresas e sociedade civil caminhem juntos para garantir que a revolução digital também seja uma revolução educativa, justa e inclusiva para todos os cantos do Brasil.
As periferias e zonas rurais têm um enorme potencial humano à espera de oportunidades: com acesso à tecnologia e à educação de qualidade, poderão mostrar ao país — e ao mundo — a força transformadora que possuem.
Com 43 anos, Rafael Gmeiner é jornalista especialista em Produção de Conteúdo, especializado em Franquias, CEO da Agência VitalCom, do site Mundo das Franquias e do site Educação & Tendências. Atua há mais de 23 anos, com Jornalismo e Comunicação, tendo passagens por jornais impressos, televisão, rádio e sites. Também, é especialista em Assessoria de Imprensa, segmento em que já atua há quase duas décadas. Além disso, é produtor de conteúdo, em especial para o ambiente online, que requer técnicas de SEO, otimização de textos para melhor posicionamento nos buscadores. Há mais de 10 anos é especializado no setor de Franquias, no qual mantém o seu site de notícias. Além disso, é sócio de uma franqueadora. Entre os seus parceiros e clientes atuais estão a reconhecida jornalista Analice Nicolau; Mônica Lobenschuss, especialista em Growth Hacking, Estratégias de Negócios e Mídias digitais; e a rede de franquia Face Doctor. Rafael também já prestou serviços para o governo da Argentina, com ações específicas no Brasil.

