Estudantes viram “influenciadores do bem” nas redes sociais

Estudantes viram “influenciadores do bem” nas redes sociais

A ação mobiliza jovens a criar e compartilhar mensagens positivas e de na contramão do aumento do consumo de conteúdos negativos

Perfis de adolescentes em diferentes partes do país começaram a ganhar, nesta semana, uma série de vídeos curtos com mensagens de esperança, gestos de solidariedade e reflexões sobre o Natal. O movimento, protagonizado por estudantes dos Colégios Maristas, transformou as redes sociais em um espaço de respiro positivo em meio à avalanche de conteúdos típicos do fim de ano. As publicações são reunidas por uma hashtag intitulada como #esperançarmarista.

A ação, sugerida em material enviado para 96 colégios e escolas sociais de todo o país, é realizada em um momento em que pesquisas apontam para o aumento do consumo de conteúdos negativos e o impacto disso na saúde emocional dos jovens. Ao incentivar que eles produzam mensagens positivas, o projeto busca reposicionar o ambiente digital como um espaço de construção de empatia e convivência.

A edição 2024 da pesquisa TIC Kids Online Brasil, realizada pelo Cetic.br (NIC.br) sob coordenação do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), ouviu mais de duas mil crianças e adolescentes de 9 a 17 anos, em todas as regiões do país. O levantamento aponta que 93% do público nessa faixa etária utiliza a internet, o que corresponde a cerca de 25 milhões de crianças e adolescentes. Entre eles, 83% afirmaram ter perfil ativo em redes sociais.

Conectados pela esperança

Segundo o Coordenador de Evangelização do Marista Brasil, Keles Gonçalves de Lima, a atividade intitulada como “Influencers da Esperança” é uma iniciativa simples, mas muito significativa e que tem inspiração em São Carlos Acutis, primeiro santo da geração millennial, reconhecido pelo uso da internet como instrumento de evangelização. “Colocamos a sugestão de atividade justamente porque queremos vê-los espalhando mensagens das quais passamos diariamente nos colégios. Ao convidá-los a usar as redes sociais como espaço de evangelização e testemunho, reafirmamos que a esperança é esse sopro bonito do Natal, que pode tocar a todos”, destaca. 

Os vídeos são produzidos em formato de stories e reels, respeitando a Lei Geral de Proteção de Dados, e podem ser compartilhados tanto pelos alunos quanto pelas unidades escolares. A expectativa é que, até o Natal, a campanha transforme a mensagem de esperança em uma corrente nacional. 

“Eu nunca tinha parado para pensar que um vídeo tão simples poderia mudar o dia de alguém. Quando fiz a postagem nos stories, recebi respostas de pessoas que eu nem imaginava, dizendo que aquilo fez diferença para elas”, conta Julia Alves, estudante do 3º ano do Ensino Médio do Colégio Marista Taguatinga, em Brasília (DF).