Os alunos desenvolvem responsabilidades, colaboração, resiliência e criatividade, por exemplo, com uma produção completa de teatro
Nos últimos anos, o termo soft skills — competências socioemocionais, relacionais e comportamentais — deixou de ser mera expressão de moda para se tornar um elemento central nas discussões sobre educação e preparação para a vida profissional.
A crescente mudança no mundo do trabalho, assim como as transformações sociais e digitais, reforça que saber conteúdos acadêmicos não basta: é preciso desenvolver empatia, colaboração, comunicação, resiliência, pensamento crítico e criatividade.
Estudos internacionais e nacionais apontam que intervenções educacionais, que vão além do ensino tradicional, têm impactos positivos mensuráveis sobre essas habilidades.
Uma revisão sistemática, publicada em 2024, avaliou intervenções em vários níveis de ensino (da educação básica ao superior) e concluiu que metodologias baseadas em projetos, oficinas criativas e abordagens integradas ao currículo têm potencial para melhorar soft skills, bem como saúde mental, bem-estar e empregabilidade dos estudantes.
Outra pesquisa brasileira, realizada com estudantes de cursos básicos, técnicos e tecnológicos em Minas Gerais, analisou a autoavaliação dos alunos sobre gestão de tempo, autoconhecimento, organização, trabalho em grupo etc, comparando-a com a avaliação de professores/mentores.
O estudo constatou que muitos alunos identificam lacunas em suas próprias habilidades comportamentais, mostrando que há espaço real para desenvolvimento de atividades escolares e projetos extracurriculares.
Essas pesquisas reforçam que soft skills não são um complemento decorativo, mas componentes essenciais para o sucesso acadêmico, social e profissional.
Escola usa o teatro e outras iniciativas para desenvolver soft skills
Um exemplo concreto vem do Elite Rede de Ensino, que utiliza o projeto Palco Elite como parte de sua estratégia de educação integral. Nesse projeto, os alunos participam de todas as etapas de uma produção teatral (roteiro, cenografia, figurino, direção, sonoplastia, divulgação) o que permite vivenciar responsabilidades diversas, colaborar em equipe, lidar com imprevistos, exercitar comunicação assertiva, resiliência e criatividade.
O Palco Elite ilustra bem como as atividades que envolvem cocriação e expressão artística favorecem o desenvolvimento prático de soft skills:
- Alunos mais tímidos ganham confiança para se expressar;
- Funções técnicas ou de bastidor permitem explorar competências menos visíveis, como organização, sensibilidade estética e escuta;
- Projetos multidisciplinares fortalecem o trabalho em equipe e a cooperação, além de desenvolver a responsabilidade individual;
- A aprendizagem ativa — aprender fazendo — contribui para uma maior retenção de conteúdo;
- As interações estimulam empatia, comunicação verbal e não verbal e escuta ativa;
- Os desafios vivenciados impulsionam a capacidade de lidar com frustrações, adaptar-se a mudanças e resolver problemas de forma criativa.
“Fora do palco, esses ganhos se refletem em melhor postura em sala de aula, cumprimento de prazos, participação mais ativa em debates, e em outras tarefas escolares”, disse João Márcio Corrêa, coordenador e professor de teatro do Elite Rede de Ensino.
O teatro é uma via poderosa, mas não a única. Outras iniciativas, como programas esportivos, feiras culturais, metodologias ativas, cursos eletivos ou oficinas de artes visuais e música, também ampliam repertórios, estimulam a criatividade, fortalecem a colaboração e oferecem aos alunos diferentes caminhos para desenvolver competências socioemocionais e acadêmicas.
Por que isso importa para o futuro
Soft skills tornaram-se cada vez mais valorizadas no mercado de trabalho. Vagas e empresas exigem não só especialização técnica, mas também capacidade de comunicação, colaboração, adaptabilidade e liderança. Um estudo sobre profissionais de QA no Brasil apontou que, em mais de 90% dos anúncios de emprego, esse tipo de habilidade aparece como requisito, especialmente, comunicação, planejamento, colaboração e inovação.
“Além disso, há benefícios para a vida pessoal e social: alunos com maior autoconfiança e empatia tendem a ter relações interpessoais mais saudáveis, melhor saúde mental, maior engajamento e bem-estar geral”, completa.

Com 43 anos, Rafael Gmeiner é jornalista especialista em Produção de Conteúdo, especializado em Franquias, CEO da Agência VitalCom, do site Mundo das Franquias e do site Educação & Tendências. Atua há mais de 23 anos, com Jornalismo e Comunicação, tendo passagens por jornais impressos, televisão, rádio e sites. Também, é especialista em Assessoria de Imprensa, segmento em que já atua há quase duas décadas. Além disso, é produtor de conteúdo, em especial para o ambiente online, que requer técnicas de SEO, otimização de textos para melhor posicionamento nos buscadores. Há mais de 10 anos é especializado no setor de Franquias, no qual mantém o seu site de notícias. Além disso, é sócio de uma franqueadora. Entre os seus parceiros e clientes atuais estão a reconhecida jornalista Analice Nicolau; Mônica Lobenschuss, especialista em Growth Hacking, Estratégias de Negócios e Mídias digitais; e a rede de franquia Face Doctor. Rafael também já prestou serviços para o governo da Argentina, com ações específicas no Brasil.
