Professor explica como funciona o modelo avaliativo TRI (Teoria de Resposta ao Item) do Enem, e faz recomendações sobre como fazer uma boa prova
A Teoria de Resposta ao Item (TRI) avalia mais do que a precisão das respostas: considera também elementos como a consistência e a coerência em relação aos itens acertados
Ao se distanciar dos modelos tradicionais de correção de provas, a Teoria de Resposta ao Item (TRI), metodologia de correção do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), pode ser considerada diferenciada e complexa, pois não considera apenas o índice de acertos como único critério, mas estabelece um mecanismo de análise capaz de identificar respostas aleatórias e penalizar o popular “chute”.
De acordo com Francisco Moreira Júnior, professor de História e líder pedagógico da Plataforma Amplia, elementos como a consistência e a coerência nas respostas ganham importância significativa no processo de avaliação.
A decisão do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) de adotar o modelo TRI de correção das provas do Enem se deve, entre outros fatores, ao número expressivo de candidatos inscritos no exame. Nesse contexto, por meio do critério da coerência individual nas respostas, os candidatos podem receber notas maiores ou menores, mesmo que tenham acertado o mesmo número de questões.
O professor explica que essa soma diferente da nota final do candidato pode ser atribuída, por conta da coerência nas respostas. Isso significa que não basta apenas acertar, mas como se acerta. “Por exemplo, se um candidato acertou 10 questões difíceis, 5 médias e 5 fáceis, e outro acertou 10 fáceis, 7 médias e 3 difíceis, o segundo é considerado mais coerente. O primeiro parece ter acertado algumas difíceis por sorte, já que errou muitas fáceis e médias. Por isso, sua nota será menor, mesmo com o mesmo número total de acertos”, exemplifica o especialista
Por conta desse modelo complexo de correção, é muito difícil que o candidato calcule sua nota sozinho. Segundo o professor, embora alguns simuladores online ofereçam estimativas, a nota oficial só é conhecida após a divulgação pelo INEP. Diante de uma prova como a do Enem, o educador elencou quatro recomendações de relevância para quem irá prestar a prova.
Confira:
1- Responda, primeiro, as questões que considerar mais fáceis
“Ao se deparar com uma questão muito difícil, pule sem preocupação e retorne a ela ao final”, indica o especialista;
2- Atenção ao desenvolvimento das mais diversas habilidades
Segundo ele, é importante que o candidato esteja preparado não somente em relação ao domínio de conteúdo. “Habilidades diversas como interpretação de texto verbal e não verbal, leitura de mapas, leitura de gráficos, entre outras, costumam ser muito exigidas pela banca”, afirma o professor;
3-Garanta boa saúde física para a prova
“Sendo a prova do Enem um exame bastante trabalhoso, é muito importante que o candidato esteja preparado fisicamente, bem hidratado, com uma dieta rica em carboidratos e descansado”, recomenda;
4-Separe tempo para preenchimento do gabarito
Lembre-se de manter a organização, deixando um tempo adequado para o preenchimento atento do cartão-resposta. “A pressa nesse momento pode comprometer todo o trabalho do ano”, alerta.
Com 43 anos, Rafael Gmeiner é jornalista especialista em Produção de Conteúdo, especializado em Franquias, CEO da Agência VitalCom, do site Mundo das Franquias e do site Educação & Tendências. Atua há mais de 23 anos, com Jornalismo e Comunicação, tendo passagens por jornais impressos, televisão, rádio e sites. Também, é especialista em Assessoria de Imprensa, segmento em que já atua há quase duas décadas. Além disso, é produtor de conteúdo, em especial para o ambiente online, que requer técnicas de SEO, otimização de textos para melhor posicionamento nos buscadores. Há mais de 10 anos é especializado no setor de Franquias, no qual mantém o seu site de notícias. Além disso, é sócio de uma franqueadora. Entre os seus parceiros e clientes atuais estão a reconhecida jornalista Analice Nicolau; Mônica Lobenschuss, especialista em Growth Hacking, Estratégias de Negócios e Mídias digitais; e a rede de franquia Face Doctor. Rafael também já prestou serviços para o governo da Argentina, com ações específicas no Brasil.

