Alunos com boas competências socioemocionais apresentam melhor desempenho, menos problemas de comportamento e maior engajamento
A escola é, historicamente, o espaço onde aprendemos a ler, escrever, calcular e entender o mundo por meio de conteúdos acadêmicos.
Mas, à medida que a sociedade se torna mais complexa e interconectada, fica cada vez mais evidente que a formação dos alunos não pode se limitar às disciplinas tradicionais.
É nesse contexto que a educação emocional e o desenvolvimento de competências socioemocionais ganham protagonismo.
O que são competências socioemocionais?
Competências socioemocionais são um conjunto de habilidades que ajudam o indivíduo a lidar com suas emoções, a se relacionar com os outros e a tomar decisões responsáveis.
Entre elas estão a empatia, a resiliência, a comunicação assertiva, o autocontrole, a colaboração, a autoestima e a gestão do estresse.
Essas habilidades não são inatas: elas podem — e devem — ser ensinadas, estimuladas e praticadas desde cedo.
A neurociência já comprovou que as conexões cerebrais ligadas à regulação emocional e à tomada de decisão são fortalecidas pela experiência. Ou seja: a escola é o ambiente ideal para promover esse aprendizado.
Por que ensinar educação emocional nas escolas?
A resposta é simples: porque preparar para a vida é mais do que preparar para provas. A escola precisa formar cidadãos críticos, conscientes e capazes de viver em sociedade de forma saudável. E isso exige saber lidar com os próprios sentimentos e os dos outros.
Pesquisas mostram que alunos com boas competências socioemocionais apresentam melhor desempenho acadêmico, menos problemas de comportamento, maior engajamento escolar e mais bem-estar geral.
Eles aprendem a lidar com frustrações, trabalhar em equipe, resolver conflitos de forma pacífica e se adaptar a mudanças.
Além disso, essas competências são cada vez mais valorizadas no mercado de trabalho.
Empregadores do mundo inteiro já reconhecem que habilidades como liderança, empatia e comunicação são tão importantes quanto conhecimentos técnicos.
Benefícios para o professor e para a escola
A implementação de programas de educação emocional também traz benefícios para os educadores e para o clima escolar como um todo.
Ao trabalhar habilidades socioemocionais, os professores percebem menos indisciplina, mais cooperação entre os alunos e menos episódios de violência ou bullying.
Para os próprios professores, aprender sobre regulação emocional e comunicação não violenta ajuda a lidar com o estresse da profissão e a criar um ambiente mais saudável e positivo para ensinar.
Como ensinar competências socioemocionais?
A educação emocional não deve ser vista como uma disciplina isolada, mas como um eixo transversal que perpassa todo o currículo e todas as interações dentro da escola. Algumas estratégias eficazes incluem:
- Rodas de conversa para compartilhar sentimentos e reflexões.
- Projetos colaborativos para desenvolver empatia e cooperação.
- Atividades lúdicas e dramatizações que ensinam a lidar com conflitos.
- Exercícios de autoconsciência, como meditação guiada e diários emocionais.
- Formação continuada para professores, para que eles também desenvolvam essas habilidades.
Muitos sistemas educacionais já começam a incluir competências socioemocionais em suas diretrizes, como ocorre com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), no Brasil, que define 10 competências gerais, incluindo a “autogestão” e a “empatia e cooperação”.
Desafios a enfrentar
Mesmo com tantos benefícios, ainda existem obstáculos para a implementação efetiva da educação emocional.
Entre eles estão a falta de formação adequada para os professores, resistência cultural à inovação pedagógica, falta de tempo na grade curricular e, em muitos casos, a falta de recursos.
Para superá-los, é fundamental que gestores escolares, famílias e políticas públicas apoiem essa mudança de paradigma, reconhecendo que ensinar a ser humano é tão essencial quanto ensinar matemática ou ciências.
Uma escola para o século XXI
Estamos vivendo um tempo de mudanças aceleradas, onde a capacidade de lidar com incertezas, trabalhar em equipe e manter o equilíbrio emocional é cada vez mais decisiva.
Nesse cenário, a escola precisa ir além do conteúdo e ensinar também como viver bem consigo mesmo e com os outros.
Investir em educação emocional é investir no futuro, formando não apenas bons alunos, mas, também, cidadãos mais conscientes, saudáveis e preparados para os desafios da vida adulta.
Afinal, o que se aprende sobre empatia, respeito e resiliência na escola se leva para toda a vida.
Com 43 anos, Rafael Gmeiner é jornalista especialista em Produção de Conteúdo, especializado em Franquias, CEO da Agência VitalCom, do site Mundo das Franquias e do site Educação & Tendências. Atua há mais de 23 anos, com Jornalismo e Comunicação, tendo passagens por jornais impressos, televisão, rádio e sites. Também, é especialista em Assessoria de Imprensa, segmento em que já atua há quase duas décadas. Além disso, é produtor de conteúdo, em especial para o ambiente online, que requer técnicas de SEO, otimização de textos para melhor posicionamento nos buscadores. Há mais de 10 anos é especializado no setor de Franquias, no qual mantém o seu site de notícias. Além disso, é sócio de uma franqueadora. Entre os seus parceiros e clientes atuais estão a reconhecida jornalista Analice Nicolau; Mônica Lobenschuss, especialista em Growth Hacking, Estratégias de Negócios e Mídias digitais; e a rede de franquia Face Doctor. Rafael também já prestou serviços para o governo da Argentina, com ações específicas no Brasil.

