Contribuições da IA para o mundo e para a Educação

Contribuições da IA para o mundo e para a Educação

Por Pedro Siciliano

A Inteligência Artificial não é um debate novo. Apenas ganhou força nos últimos anos devido às aplicações executadas em diversos setores da sociedade. O Prêmio Nobel de Física de 2024 comprovou que este estudo já é explorado há décadas, e atende a um anseio de aumentar o fluxo de informações, a produtividade, a análise de dados,  a automação de tarefas e a tomada de decisões. 

Em outubro de 2024, John Hopfield e Geoffrey Hinton foram premiados pelas descobertas iniciadas na década de 1980, que permitem o aprendizado com redes neurais artificiais, sistemas computacionais inspirados no funcionamento do cérebro humano. A pesquisa de Hinton sobre redes neurais abriu caminho para os atuais sistemas de IA, como o ChatGPT; Hopfield desenvolveu uma rede que pode usar padrões incompletos para encontrar outros padrões semelhantes à forma como o cérebro tenta lembrar palavras usando palavras associadas.

Ambos os cientistas trazem como suporte para o debate o aumento da produtividade para as pessoas em tarefas burocráticas e repetitivas. Ao saber da premiação, Hinton ressaltou que “as pessoas conseguirão fazer a mesma quantidade de trabalho com um assistente de IA em muito menos tempo. Vai significar aumentos brutais de produtividade”.

Ao criarem esta rede de conexões neurais com as máquinas, os dois especialistas trouxeram para o mundo um assistente rápido e preciso, que oferece às pessoas qualquer tipo de informação, e amplia a ajuda em execuções de tarefas. 

E em meio a tantas demandas diárias, um assistente deste tipo facilita e muda a rotina por completo. Muitas pessoas, por exemplo, utilizam a Inteligência Artificial para lembretes, fazer listas de compras, pesquisar assuntos de tendência e, até mesmo, para aprender algo novo.

Hoje, em todo o planeta, é difícil achar pessoas que não utilizam a IA como um suporte de tarefas no dia a dia. Ela já faz parte da maioria das corporações, desde pequenas empresas a grandes grupos empresariais. Mas também individualmente, sobretudo quando as mais diversas demandas cotidianas exigem pró-atividade. 

Vale sempre ressaltar que a IA tem muitos benefícios a oferecer. Inúmeros, diria. Por outro lado, também é recomendado cuidado, como já diz o ditado popular: “Cautela e canja de galinha não faz mal a ninguém”.

Por isso, ferramentas que utilizam a IA são recomendadas quando criadas a partir de bases legais e de conhecimento sólido. Foi assim que, quando desenvolvi a Teachy, uma plataforma para auxiliar professores em todo mundo, me preocupei em ter ao meu lado desenvolvedores especializados e com experiência em diversas áreas. Para compor o time, fundamental que tivéssemos educadores referenciados e com conhecimento global sobre pedagogia e atualizados com a Base Nacional Curricular Comum (BNCC), para que a plataforma pudesse ser realmente efetiva e verdadeiramente uma ferramenta para ajudar docentes em todos os níveis educacionais e em todos os países. 

Os estudos de 40 anos atrás de Hinton e Hopfield foram efetivos para atingirmos os objetivos almejados com o uso da IA. De fato, são contribuições que têm impacto direto na sociedade e podem ser aplicadas em várias tecnologias, como as utilizadas na Teachy, para ajudar professores.

Mesmo que indiretamente, penso que John Hopfield e Geoffrey Hinton, os premiados com o Nobel de Física de 2024, contribuíram para a Educação mundial. Prova disso é o reconhecimento do desenvolvimento das inovações para o avanço da inteligência artificial. 

Nós da Teachy também reconhecemos os impactos na sociedade e, sobretudo, a forma como podemos utilizar tais conhecimentos em prol do ensino-aprendizagem e no auxílio aos estudantes por meio da autonomia dada às professoras e professores. Não à toa, mais de 500 mil educadores estão cadastrados na Teachy e a plataforma já impactou mais de 5 milhões de estudantes em larga escala no Brasil, na América Latina e em diversos países. 

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