Aluno autista consegue vaga no Canadá; filha do goleiro Cássio não é aceita em escolas

Aluno autista consegue vaga no Canadá; filha do goleiro Cássio não é aceita em escolas

O Estadão revelou, no início do mês, que um adolescente autista havia sido recusado por dois países em um programa de intercâmbio do Estado de São Paulo. Nesta sexta-feira (22/8), ele foi aceito pelo Canadá, para onde embarca em janeiro.

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O aluno é de uma escola estadual de Santo André. Ele havia sido aprovado com excelentes notas no programa Prontos pro Mundo, da Secretaria Estadual da Educação de São Paulo, mas foi rejeitado pelo Reino Unido e pela Austrália, mesmo após ser selecionado pelo governo paulista.

Goleiro Cássio diz que filha não é aceita em escolas: o que dizem as diretrizes para a educação de autistas

Segundo o goleiro Cássio, atualmente no Cruzeiro, sua filha Maria Luiza é acompanhada por um profissional especializado desde os dois anos de idade, quando a família ainda residia em São Paulo. 

Após deixar o Corinthians, o atleta se mudou para Belo Horizonte, onde passou a defender o clube mineiro.

Ele criticou a falta de inclusão em instituições de ensino da capital mineira. “Tenho tentado matricular minha filha em diferentes escolas, mas a resposta quase sempre é a mesma: ela não é aceita”, declarou em uma postagem no Instagram.

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MEC homologa novas diretrizes para a educação de autistas

No final do ano passado, o Ministério da Educação homologou novas diretrizes voltadas para estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

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O acompanhante especializado está previsto em lei de 2012, como direito da pessoa com TEA em “casos de comprovada necessidade”, mas sem especificar suas funções. 

Já a Lei Brasileira de Inclusão prevê a atuação do profissional de apoio, responsável por atividades de alimentação, higiene e locomoção do estudante com deficiência, além de acompanhá-lo em todas as atividades escolares necessárias.

Atualmente, há 634.875 alunos diagnosticados com TEA matriculados em escolas públicas e particulares no Brasil — um aumento de mais de 1.400% nos últimos dez anos, segundo dados do MEC.

Crianças no espectro autista apresentam alterações no neurodesenvolvimento que impactam, em geral, a comunicação, a linguagem, a interação social, os comportamentos e a aprendizagem.