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5 principais pontos que fazem da amizade importante pilar do bem-estar emocional 

5 principais pontos que fazem da amizade importante pilar do bem-estar emocional

Psicóloga clínica e escolar aponta como vínculos genuínos de amizade impactam o emocional dos estudantes e como fortalecê-los 

No dia 30 de julho foi celebrado o Dia Internacional da Amizade, data que convida à reflexão sobre o poder dos vínculos verdadeiros na formação emocional e social de crianças e adolescentes. 

Em tempos de relações rápidas e hiperconectadas, desenvolver amizades genuínas se mostra essencial e possível, principalmente no ambiente escolar. 

Francine Delgado, psicóloga clínica e escolar no Colégio Anglo de Boituva (SP), parceiro do programa de educação socioemocional da SOMOS Educação, Líder em Mim, reforça que a amizade é um elo que vai muito além da convivência, representando um campo fértil para o desenvolvimento da empatia, da escuta, da autorregulação e da confiança. 

“Amizades, desde a infância, são o terreno onde se cultivam habilidades para toda a vida. É por meio do outro que a criança aprende, também, a cuidar de si, a se reconhecer”, explica. 

Segundo Francine, a escola tem um papel fundamental nesse processo. 

“Ao proporcionar um ambiente acolhedor, diverso e seguro, a instituição de ensino se torna palco de relações profundas, que ajudam os alunos a se sentirem pertencentes e mais preparados emocionalmente para aprender e conviver”, destaca. 

Acolhimento e escuta ativa

Para alunos que enfrentam dificuldades de socialização, a psicóloga orienta atenção e acolhimento, não julgamento. 

“Antes de intervir, é preciso compreender. O aluno está retraído por timidez? Por insegurança? Por uma experiência negativa? Ou está tentando se aproximar, mas não consegue se incluir? Observar os comportamentos e contextos ajuda a entender melhor a causa do isolamento”, pontua. 

A amizade, lembra Francine, é uma escola à parte. Ela ensina a lidar com frustrações, diferenças e afetos com mais maturidade. É um exercício diário de convivência, escuta e empatia. 

Pensando nisso, a psicóloga aponta 5 principais elementos que mostram como as conexões afetivas influenciam diretamente o bem-estar emocional dos estudantes e como escolas, educadores e famílias podem fortalecer esse processo. 

Confira: 

Amizades são um pilar importante do desenvolvimento socioemocional

    Desde cedo, os vínculos de amizade ajudam crianças e adolescentes a construírem habilidades como empatia, solidariedade, escuta e respeito. 

    Amizades verdadeiras reduzem os sentimentos de solidão e insegurança. Ter com quem contar melhora o bem-estar emocional e pode até impactar positivamente o desempenho acadêmico. 

    Escolas são espaços de construção de vínculos

      Mais do que um lugar de aprendizagem acadêmica, a escola é um espaço de convivência diária. 

      Atitudes cotidianas dos educadores, como promover o respeito à diversidade, o diálogo e a escuta ativa, fortalecem as conexões genuínas entre os alunos. 

      Amizades verdadeiras ajudam a criar segurança emocional 

        Ter um amigo de confiança, ajuda as crianças, os adolescentes e os jovens a criarem segurança emocional, identidade e autoestima. Eles se sentem acolhidos e tendem a se engajar mais nas atividades escolares, se expressando e participando da vida escolar com entusiasmo e segurança. 

        Educadores podem ajudar na mediação de conflitos

          Ao ouvir com atenção e propor ações de reparo e de construção de confiança, como pedir desculpas ou conversar sobre o ocorrido, o educador ensina, na prática, a importância da empatia, da ética e da convivência respeitosa. 

          Famílias como reforço das conexões positivas

            Os familiares, ao demonstrar interesse pelos amigos dos filhos, dialogar sobre empatia e respeito, dar bons exemplos nas relações em casa e manter parceria com a escola fortalecem os vínculos afetivos das crianças e dos adolescentes. 

            “Elas (famílias) são as primeiras educadoras emocionais e podem fortalecer (ou fragilizar) os vínculos sociais de seus filhos com pequenas atitudes do dia a dia”, finaliza a psicóloga. 

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